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A Esfinge II – Depois da boate

Nos vestimos rapidamente, ansiosas por uma entrega completa. Segurei na mão dela conduzindo-a do banheiro à saída da boate. Deixamos os sons e cores para trás. Tocava “Sweet Dreams” em tribal e o refrão martelava no salão principal: “everybody is looking for something. Some of them want to use you, some of them want to be used by you…”

Seguimos de encontro a uma promessa de uma noite maravilhosa, eu na frente, segurando a mão de minha bailarina. Tomamos um táxi em frente à boate e eu dei as coordenadas para o motel mais charmoso da cidade. Tinha que ser o mais bonito e elegante, a minha menina merecia isso.

Ela fez cara de espanto e eu pedi que deixasse por minha conta. Pisquei o olho e ela sorriu. Como era bom ver aquele sorriso! No banco de atrás do táxi ela pôs a mão sobre a minha coxa e apertou forte, olhando fundo nos meus olhos.

A suíte 101 era linda, parecia mais uma casa confortável do que um motel. Tinha a decoração clean e moderna em tons preto e branco, uma mesa de vidro belíssima, um jardim super confortável e uma piscina com cascata no andar de cima, junto com uma sauna, chuveirão e teto solar. A cama era baixinha, estilo japonesa, e o quarto era limpo e perfumado. Em cima da cama pétalas de rosas vermelhas e uma garrafa de “Côtes du Rhône Rasteau Villages”, um vinho francês com uma leve nota picante.

Ela, sempre ágil e decidida, pegou as duas taças e levantou à altura da garrafa, em minha mão. Abri o vinho e seu buquê amadeirado quis ser degustado imediatamente por aqueles lábios carnudos e convidativos. Enchi a taça e o olhando fundo nos seus olhos ela abriu levemente os lábios, me permitindo conduzi-la àquele prazer.

Tomou o primeiro gole e nos tirou os olhos dos meus. E foi assim, provocante e devagar, que ela dividiu toda a primeira taça do Cotes Du Rhône comigo. No som ambiente o delicado de Cat Power me fez envolvê-la com meu abraço apertado e confortável. Ela ficou molinha nos meus braços. Senti o cheiro do seu cabelo mais uma vez e encostei meus lábios suavemente em seu pescoço. Ela se arrepiou inteira, senti.

Passei as mãos por suas costas macias e ela amolecia mais e mais. Dançamos juntas, rosto com rosto, passos lentos e iguais. O tempo parecia não passar e só estávamos nós duas, o vinho francês delicioso e Cat Power ecoando por todos os lados.

“Você é uma coisa de louco, sabia?” – perguntei com o rosto colado no dela.

“Você que é, sua linda…” – ela respondeu.

“O que eu faço com você, hein, menina?”

“Deixa que eu que faço com você”, brincou.

“Sei – sorri – e o que você vai fazer comigo então?”

Ela foi me soltando lentamente e andando para trás devagar.

“Sente ali na cama, por favor.”

Obedeci mais uma vez. Quem ousaria não obedecer? Linda, suave, uma bailarina só minha, começou a dançar para mim. Movia o quadril para um lado e para o outro, as coxas grossas a mostra, os ombros lindos que acompanhavam os movimentos suaves dos braços no ar. Estava de olhos fechados e se entregava ao piano e contrabaixo do jazz, ali, na minha frente. Eu, sentada com cara de boba enquanto ela dançava de olhos fechados e mordia os lábios delicadamente. Linda, linda!

A minha vontade era passar a noite inteira olhando aquela cena encantadora, como um filme que a gente não quer que acabe, mas de repente ela começou a se despir devagarzinho para mim.

Primeiro tirou a blusa e ficou apenas de salto e mini-saia, com sua barriga feminina, umbigo, seus seios alvos, rijos, fartos e empinados à mostra. Uma cena capaz de enlouquecer qualquer um. E jogava o quadril para os lados devagar, olhando fundo nos meus olhos enquanto a meia luz do ambiente atenuava suas curvas perfeitas.

Joe Cocker começou a tocar, ela sorriu. O ritmo agora era propício para um strip-tease. Ela mordeu os lábios, sorrindo e me olhou mais uma vez profundamente, erguendo as sobrancelhas. A mesma expressão que havia feito no bar da boate…

“I put a spell on you…”, sussurrou para mim.

Devolvi: “because you´re mine.”

Ainda mais envolvidas pelo ritmo do blues e da voz rouca de Coker, foi tirando a saia no mesmo ritmo da música, lento e sensual até ficar de calcinha e de salto alto para mim.

Eu latejava de tanto tesão e vontade de tê-la para mim. E ela permanecia ali, me fitando com o olhar fixado dentro do meu. Quanto pecado era essa menina-mulher, como ela era encantadoramente linda e como eu a queria só para mim…

“Tire a calcinha – pedi quase mandando – quero vê-la nua.”

Ela virou de costas, ainda dançando, e obedeceu. Incrivelmente linda estava ali, completamente nua e de salto alto, de costas para mim. Uma bunda linda, dura, carnuda, que tinha como moldura suas pernas torneadas e longas.

Eu latejava de tanto tesão, completamente ensopada por aquela mulher tão sensual e ao mesmo tempo doce, dançando nua, de costas para mim, na minha frente.

Ela se virou de frente e eu pude ver finalmente o seu corpo inteiro nu. Que boceta linda! Alva como sua cor, com os pêlos castanhos clarinhos, depiladinha, gostoso de olhar, discreta, carnuda. Olhei lentamente para ela da cabeça aos pés e dos pés à cabeça novamente, consumindo-a apenas em olhar para o seu corpo escultural, que só uma bailarina poderia ter.

Caminhou em minha direção, ainda os olhos fixos nos meus. Me levantei à sua espera e ela encostou os lábios nos meus lábios enquanto tirou o meu vestido e minha calcinha devagar, dançando colada e para mim.

Nos beijamos intensamente, ardendo de tesão e desejo uma pela outra, passando as mãos pelas costas, ombros, braços. Nossos corpos estavam sedentos, suados, misturados com o suor que dividimos dentro do banheiro da boate. Um cheiro forte de sexo e hálito de mojito, vinho, saliva.

Devagar, fui me virando e deitando ela na beira da cama, de forma que ela ficou apenas com as pernas para o lado de fora e todo o tronco deitado. Abri suas pernas devagar, deixando toda a sua boceta exposta, como uma flor que desabrocha.

Sua boceta. Aquela imagem refletia todo o meu desejo. Eu queria entrar dentro dela, roubá-la para mim, como se quisesse trazer de volta algo meu que estivesse perdido naquela mulher…

Quase atônita diante da perfeição do que admirava, fui subindo devagar, esfregando o meu corpo no corpo dela, até chegar novamente à sua boca. Parei, olhei, suspirei. Ela levantou a mão e alisou os meus cabelos que caiam por sobre os meus olhos.

“Você é linda”, disse séria.

“Marina, você é uma menina. Linda, que está me deixando louca. Eu te quero para mim, mas eu quero inteira, toda. Não quero por uma noite, por uma brincadeira…”

“Você já me tem, eu já sou tua. Só tua.”

“Você é um lírio, sabia? Os lírios são símbolos de pureza e beleza, são flores delicadas coloridas, assim como você…”

“E você é a minha esfinge, Anitta. Indecifrável, com esse ar de poder mas tão frágil, tão doce…”

“A esfinge quer um lírio”, brinquei.

“Então toma o teu lírio. Bebe ele.”

Fechei os olhos e encostei mais uma vez meus lábios nos lábios dela. Abri sua boca com a minha língua, devagar. Senti sua textura molhada, macia e quente trazendo o gosto do vinho para a minha. Ela me invadia de um jeito tão sutil e intenso que misturava a maciez com o desejo ardente de se fundir em mim. Suguei toda sua língua em minha boca, lambi seus lábios, beijei a ela como se fosse o último beijo. Ela se mexia embaixo de mim, movendo seu corpo devagar no meu, me chamando, me convidando… era como se o tempo devesse parar.

Peguei a garrafa de vinho em cima da cama e me sentei por cima dela, meu sexo molhado tocando a sua barriga enquanto ela mantinha seus braços deitados no colchão, acima da cabeça, entregue a mim. Fui jogando o vinho devagar em sua boca semi-aberta. Me inclinei para beijá-la e meus seios roçaram seus seio.

Derramei mais vinho nos seus lábios e comecei a sugar com força a sua boca. Ela inclinou a cabeça levemente para trás, deixando o pescoço à mostra enquanto o líquido escorria por ele e eu o lambia até dar umas mordidinhas na veia mais aparente e sentir todo o seu corpo arrepiar novamente até os bicos dos seus seios ficarem duros, completamente empedrados, numa mistura do calor dos nossos corpos e do frio do Côtes du Rhône.

Rebolava gostoso nela e ela se contorcia embaixo de mim, sentindo a minha boceta mais e mais úmida de tanto tesão. Desci lambendo o seu pescoço até seus seios.

Chupei delicadamente o seu seio direito, pondo o bico duro entre os meus dentes e provocando-os com minha língua enquanto apertava o outro bico com minha mão e rebolava provocando-a embaixo de mim. E ela se contorcia e gemia gostoso baixinho. Chupei o bico inteiro com força, lambi cada canto do seu seio e derramei mais um pouco de vinho neles, deixando depois a garrafa de lado para sentir sua bocetinha quente e molhada com a minha.

Rebolei sentada nela, minha boceta na dela, enquanto continuava sugando-a para mim através dos seus seios lindos e ia apertando-os em minhas duas mãos. Cada vez mais seus gemidos iam aumentando e ela ia se dando mais, ali, entregue completamente a mim, esperando cada passo a mais que eu fosse dar.

Descia devagar, pegando com força em sua cintura e lambia sua barriguinha toda. Peguei novamente o vinho e derramei um pouco mais para que ele melasse seus pêlos e escorresse até a sua boceta linda. Olhei para ela sorrindo, esperando a sua reação, esperando que ela implorasse por aquilo e ela mordia os lábios e enrugava a testa de tesão…

“O que você quer, menina? Me diz…”

Ela rebolava e contraía o abdômen me olhando fundo:

“Eu quero que você me beba inteira. Você me decifrou, agora me devore. Estou aqui completamente aberta para você me ter.”

Então eu desci até o chão e, de joelhos, olhei para sua boceta toda aberta para mim, o vinho escorrendo por ela, na beira da cama, e comecei a passar a minha língua. Ela segurou as minhas mãos e apertou com força enquanto eu limpava o vinho de sua boceta com lambidinhas quentes do cuzinho até sua bocetinha toda, bem devagar, sentindo seu cheiro forte e delicioso e o calor que exalava por entre suas coxas torneadas.

Percorri toda boceta com minha língua e fui abrindo seus pequenos lábios. Toquei o seu clitóris rígido, fazendo movimentos rápidos e curtos. Ela se contorcia mais e mais, gemendo gostoso. Então chupei seu clitóris todo para mim, como quem estivesse se embebedando dela. Chupei mais e mais e alternei com lambidinhas. Ela enlouquecia. Aí descia com a língua até a sua fenda apertada e enfiava toda minha língua dura fodendo-a deliciosamente, entrando e saindo no seu buraco quente e macio, todo molhado, sendo bebido.

Ela ia se abrindo mais e mais até ficar completamente arregaçada para meu deleite, até onde não podia mais a bailarina…

Levantou o quadril sutilmente me convidando para entrar dentro dela. Eu passava o dedo por sua boceta toda, brincando de escorregar nela, provocando-a, como quem quer meter e não mete. Ela me apertava com força, gemia alto, rebolava em minha boca e erguia o quadril para mim, se oferecendo inteira.

De repente eu meti o dedo com força, intensamente e a penetrei profundamente. Ela soltou um gemido grande e alto.

Continuei chupando aquela boceta gostosa deliciosamente, enquanto metia meu dedo dentro e fora com força, possuindo-a completamente e olhando para o seu rosto…

“Desse jeito eu gozo em dois minutos em tua boca! Hummmmmm”

“Não sem antes eu te ter completamente minha, como você disse que eu podia te ter…”

“Shhh… aiiii, que delícia! O que você quer fazer comigo, dona Anitta?”

“Eu quero o seu cuzinho, você me dá?”

Ela soltou um gemido alucinado:

“Você pode o que quiser, minha linda. Já disse que sou tua, vai…”

“Eu quero muito comer seu cuzinho e sua bocetinha ao mesmo tempo…”

“Aiiii, que deliciosa você é! Vai, continua me chupando, vai…”, implorou, empurrando minha cabeça para sua boceta.

Eu chupava e fodia toda a sua boceta enquanto ela me provocava dizendo frases imorais:

“Vai, me toma, me come toda agora, vem, vem…”

“Ah é? Então toma, vou te comer como ninguém nunca te comeu antes…”, e fodia bem forte fazendo-a amolecer mais e mais em meu domínio.

Sentia sua boceta pulsar em minha mão e vi que o seu cuzinho já estava todo molhado do vinho e de minha saliva. Mesmo assim ainda pus minha língua nele para molhá-lo ainda mais. E ela foi à lua e voltou:

“Ai, que delícia meu deus do céu!”

Devagar introduzi um dedo dentro de sua bunda e chupei sua boceta. Tinha agora dois dedos dentro de sua boceta e um no seu cuzinho enquanto a chupava. Ela rebolava louca em minha boca e arranhava os meus ombros com suas unhas vermelhas.

“Me toma inteira, me toma, Anitta”, dizia compulsivamente.

Um tesão imenso me tomou e eu quis que ela gozasse para mim, penetrada de todas as formas.

Aumentei o ritmo das lambidas em seu clitóris e fazia isso não com a ponta de minha língua, mas com a minha língua toda, intensamente. Ela se contorcia mais e mais e gemia ininterruptamente gemidos diferentes, ainda mais gostosos.

Senti que tremia cada vez mais e que estava completamente tomada por mim. Sabia que o gozo estava por vir…

A respiração, foi ficando cada vez mais ofegante, mais curta, os olhos se reviravam, ela me arranhava mais forte, gemendo muito gostoso.

“Aposto que ninguém nunca te comeu assim…”

“Aiii, não, não, nunca. Só você me come assim, só você. Vai me come, me mostra o que é bom, vai… aiii, puta que pariu que delicia, vai… continua me chupando para eu gozar para você, vai. Ai, delícia, ai…!”

Meti meus dedos mais forte em sua boceta e no seu cuzinho quente e apertado e lambi toda sua boceta sem piedade, fazendo com que ela gozasse no meu rosto todo. Minha menina, minha mulher, completamente tomada por mim, em todos os lugares onde eu pude entrar, me avisou docemente:

“Eu vou gozar para você…”

E gozou de um jeito tão intenso como jamais tinha acontecido antes, possuída de todas as formas, depois de horas dentro de uma boate controlando o seu desejo.

“E enfim de mim lancei um grito
E em ti fui um com o infinito…”
(Sexo e Luz, Gal Costa)

(continua…)

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